Por articulação do vereador Marcos Vieira (PDT), a Prefeitura de Curitiba aceitou o diálogo e adiou o projeto de lei que diminui a participação popular no Conselho Municipal da Juventude. A proposta, que retiraria os jovens eleitos de cada Regional do conselho, deixando apenas indicados da prefeitura e representantes de instituições, gerou polêmica e preocupação entre jovens da cidade. Com apoio dos conselheiros eleitos e representantes da União Paranaense dos Estudantes (UPE), da União Nacional dos Estudantes (UNE), do Conselho Estadual da Juventude e da Coordenadoria de Políticas para a Juventude (SEDEF-PR), o projeto foi adiado por duas sessões para apresentação de emendas, com previsão para ser votado na segunda-feira, 24.
Marcos Vieira defendeu que a exclusão desses jovens eleitos seria um retrocesso nas conquistas alcançadas em termos de participação popular. “Atualmente são nove representantes eleitos. Não há indicação e sim um processo democrático, possuindo enorme legitimidade. São eles que podem relatar a vivência da juventude em seus bairros, pois as vivenciam diariamente. Sem esses jovens nos conselhos, a representação da classe deixa de ser real, porque ficariam apenas os indicados pela prefeitura e os conselheiros de instituições que, embora sejam importantes, atendem a categorias e temas específicos”, defendeu o vereador.
O Líder do Governo, vereador Tico Kuzma (PSD), participou da conversa e acatou ouvir as sugestões. A justificativa apresentada para a proposta de retirada dos jovens eleitos é a baixa participação. Marcos Vieira argumentou que essa não é a solução adequada para o problema e que é fundamental garantir o direito de voz e participação da juventude. “Os jovens estão mobilizados na defesa de seus direitos e acompanharão de perto a decisão a ser tomada em relação à composição do Conselho. A participação ativa na construção de políticas que atendam às suas necessidades reais é fundamental para o desenvolvimento da cidade e o bem-estar de sua população jovem”, concluiu o vereador do PDT.
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