Na quarta-feira (12), o vereador Marcos Vieira participou da audiência pública "O Futuro do Transporte Coletivo de Curitiba: Rumos e Desafios", organizado pelo deputado Estadual Goura (PDT). O evento reuniu sindicalistas, estudiosos, políticos e especialistas para debater soluções que possam revitalizar o sistema de transporte público da capital paranaense. Com o contrato atual prestes a expirar no próximo ano, a discussão visou debater um novo modelo que promova uma maior utilização e qualidade dos serviços.
Contexto - O sistema de transporte público de Curitiba, que já foi referência mundial, enfrenta uma crise com uma constante queda no número de passageiros. Em 2010, os ônibus transportaram 23 milhões de passageiros, número que despencou para 9,3 milhões em 2024. Essa tendência segue um padrão nacional, com uma queda de quase 25% nos usuários de transporte público entre 2019 e 2022, conforme o Anuário 2022-2023 da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos.
Durante a audiência, o vereador Marcos Vieira destacou a importância de um sistema de transporte inclusivo. O vereador enfatizou que muitos pontos de Curitiba não são acessíveis para pessoas com deficiência, devido à falta de elevadores e rampas em estações-tubo e ônibus. "O encerramento do contrato atual é uma oportunidade para elaborarmos um novo modelo que realmente faça a diferença na vida das pessoas", afirmou.
Além disso, o vereador apontou a falta de integração no Terminal do Tatuquara, que atualmente não permite aos usuários a conexão com outras linhas de ônibus para as regiões centrais da cidade ou para a região metropolitana. Essa limitação impacta diretamente a mobilidade dos moradores, dificultando o acesso a diversas áreas e serviços essenciais.
Soluções e perspectivas - A audiência pública trouxe diversas propostas para a nova licitação, como a redução da tarifa, a integração intermodal (ônibus, bicicletas, automóveis), e a implementação de um bilhete único que permita múltiplas viagens sem custo adicional. Essas ideias visam repensar a mobilidade como um serviço essencial e acessível a todos, especialmente para os mais vulneráveis.
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