Foi aprovado em segundo turno na manhã desta terça-feira, 05, o projeto de lei de iniciativa do prefeito que institui regime emergencial de operação e custeio do transporte coletivo pelo período de 90 dias.
O projeto tem como principal função autorizar o repasse de milhões às empresas do transporte coletivo de Curitiba a fim de subsidiar custos administrativos. No entanto, os vereadores independentes e da oposição apontaram falhas e falta de clareza no texto, como a não limitação de um teto para este aporte.
Para o vereador Marcos Vieira, é preciso transparência nesta ação. "É como autorizar a emissão de um cheque em branco. Embora o presidente da URBS tenha divulgado que o aporte seja de 18 milhões ao mês, por três meses, o prefeito em entrevista recente chegou a falar em até 200 milhões. É inadmissível usar o dinheiro público para sustentar empresas que há décadas lucram em cima do transporte coletivo enquanto há inúmero setores sofrendo, como é o caso dos pequenos comerciantes que estão fechando as portas por toda a cidade", defendeu.
A fim de buscar minimizar os danos, o vereador Marcos Vieira e os vereadores Maria Leticia (PV), Noemia Rocha (MDB) e Professor Silberto (MDB) e Professora Josete (PT) propuseram uma emenda ao projeto para que fosse limitado em 60 milhões o repasse às empresas, contemplando o valor divulgado pelo presidente da URBS, de 18 milhões por mês. Entretanto, a maioria dos vereadores rejeitou a proposta. Outras 4 emendas deste grupo de vereadores também foi rejeitada.
O projeto segue agora para sanção do prefeito.
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